
Durante alguns anos, mantive uma conta-corrente no Banco do Brasil. Descontente com o tratamento, resolvi passar a régua e migrar para um banco privado – já que, na época, pus a culpa da minha indignação no funcionarismo público.
Aconteceu que, por um lapso temporal entre o encerramento da conta e o vencimento da fatura do cartão de crédito, eu recebi durante meses uma outra fatura no falor de uns três reais que deixei rolar pra ver no que ia dar.
Todo fim de mês chegava aquele envelope timbrado do BB com uma conta que eu insistia em não pagar, nem sei bem o porquê. Provavelmente porque achava tão irrisório que não podia dar em nada.
Depois de muitos meses aquele valor tinha crescido um pouco e, diante das taxas estratosféricas praticadas pelos cartões de crédito, minha fatura era agora de cinco reais.
Eu já estava de saco cheio daquela correspondência mensal e decidi quitar a dívida. O custo de tantas postagens já estava bem além do que iriam receber e, no dia do vencimento, fui ao banco e zerei a conta.
Pois não é que o fim do mês me trouxe uma surpresa?! Uma dívida no valor de quatro centavos – sim!, você leu certo – que pretendo colocar numa moldura e pendurar numa parede bem estratégica da minha vida.
Custo a acreditar que alguém gaste papel, tinta e selo pra cobrar quatro centavos do que quer que seja. Mas quando um banco do Estado vai à bancarrota, a salvação pode facilmente vir dos cofres públicos, abastecidos por mim e por vocês.
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