domingo, 19 de julho de 2009

BILLIE HOLIDAY


No último fim de semana, o mundo contabilizou 50 anos sem Billie Holiday, para alguns a maior cantora de jazz da história da música.

Se alguém aqui já se queixou da vida, deixa eu contar um pouquinho do que foi a vida pra Billie. Pra começar, ela foi a consequência de uma aventura maluca entre dois adolescentes. Quando nasceu, seu pai tinha dezoito anos e sua mãe dezesseis. A propósito, o pai era guitarrista e abandonou a família quando Billie ainda era bebê, seguindo viagem com uma banda de jazz.

Menina americana negra e pobre, Billie passou por todos os sofrimentos possíveis. Aos dez anos sofreu violência sexual por um vizinho e foi internada numa casa de correção para meninas vítimas de abuso. Aos doze, trabalhava lavando o chão de prostíbulos. Aos catorze, morando com sua mãe em NY, prostituiu-se pela primeira vez.


Sua vida como cantora começou em 1930. Ameaçada de despejo por falta de pagamento, Billie saiu desesperada atrás de algum dinheiro. Entrou num bar do Harlem, ofereceu-se como dançarina e mostrou-se um desastre.

Penalizado, o pianista perguntou se sabia cantar. Billie cantou e saiu com um emprego fixo. Nunca teve educação formal de música. Aprendeu ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong.

Nos anos quarenta, auge do sucesso, a estrela pulou de cabeça no álcool e nas drogas, passando por momentos de depressão, refletidos em sua voz. Pouco antes de morrer de overdose, publicou sua autobiografia – Lady Sings the Blues – a partir da qual nasceu um filme póstumo com Diana Ross no papel de Billie.

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