domingo, 23 de fevereiro de 2014

Ela


* Ela do título é Scarlett Johansson. Mas não em carne em osso. Somente na voz e no imaginário, já que o espectador – de posse da informação que trata-se da voz da atriz – não pode deixar de imaginá-la ao ouvi-la.

* O filme Ela ambienta-se em um futuro próximo e fala de um tema que hoje soa maluco, mas que amanhã pode muito bem se cumprir: o relacionamento entre um homem e o sistema operacional do seu computador.

* O personagem de Joaquin Phoenix, durante seu processo de separação, encontra consolo nos “braços” de Samantha, que deu a si mesmo o nome, depois de ler, em milésimos de segundos, um livro com centenas de milhares de sugestões de nomes. Isso é possível porque Samantha é um sistema operacional de computador, fique claro.

* O diretor Spike Jonze, que já trazia na bagagem esquisitices de sucesso como Quero Ser John Malkovich, foi feliz na realização deste trabalho, onde consegue lançar um questionamento interessante sobre os sentimentos.

* Em uma das cenas, a ex-mulher [vivida por Rooney Mara] argumenta que a paixão por um sistema operacional não é real. Acontece que toda paixão é real. Todo arrepio, toda lágrima, toda dor de barriga é real. O motivo que despertou o sentimento pode não ser real, mas a emoção é sempre real.


* Concorre ao Oscar em cinco categorias: melhor filme, melhor canção original, melhor trilha sonora, melhor design de produção e melhor roteiro original, esta última com mais chance de levar a estatueta pra casa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário