* Apesar da tradução do título
ser quase literal – o original fala em compradores – eu não tinha a menor ideia
do que se tratava o Clube de Compras Dallas, mas algo me remetia aos delírios
de consumo de Becky Bloom. Só que não.
* O clube de compras em questão é
um assunto muitíssimo mais delicado: o contrabando de drogas não aprovadas pela
FDA [uma espécie de Anvisa americana?] quando o fantasma da Aids começou a
assombrar os portadores do vírus HIV, nos anos oitenta.
* A história começa em Dallas,
1985, quando o personagem de Matthew McConauguey – um típico cowboy racista e
homofóbico – descobre que está morrendo de Aids. O médico lhe dá a sentença:
fazer com que todos os seus projetos caibam em trinta dias.
* Passada a fase da negação, ele
começa uma batalha pela vida em busca de drogas que lhe ofereçam alguns dias a
mais e associa-se com um travesti, personagem de Jared Leto [vocalista da banda
30 Seconds to Mars].
* Os dois estão impecáveis em
suas atuações, com direito a emagrecer dezenas de quilos pra composição dos
personagens, que lhes renderam sua primeira indicação ao Oscar, de ator
principal e ator coadjuvante, respectivamente.
* Em um dos diálogos entre eles,
o cowboy jura para o travesti que “Deus estava vestindo a boneca errada quando
lhe abençoou com um par de bolas”. A propósito, o roteiro também é candidato à
estatueta dourada, assim como a edição e a maquiagem. Também concorre na
cobiçada categoria de Melhor Filme. Tudo isso com orçamento diminuto – pouco
mais de 5 milhões de dólares.
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