domingo, 23 de fevereiro de 2014

Clube de Compras Dallas


* Apesar da tradução do título ser quase literal – o original fala em compradores – eu não tinha a menor ideia do que se tratava o Clube de Compras Dallas, mas algo me remetia aos delírios de consumo de Becky Bloom. Só que não.

* O clube de compras em questão é um assunto muitíssimo mais delicado: o contrabando de drogas não aprovadas pela FDA [uma espécie de Anvisa americana?] quando o fantasma da Aids começou a assombrar os portadores do vírus HIV, nos anos oitenta.

* A história começa em Dallas, 1985, quando o personagem de Matthew McConauguey – um típico cowboy racista e homofóbico – descobre que está morrendo de Aids. O médico lhe dá a sentença: fazer com que todos os seus projetos caibam em trinta dias.

* Passada a fase da negação, ele começa uma batalha pela vida em busca de drogas que lhe ofereçam alguns dias a mais e associa-se com um travesti, personagem de Jared Leto [vocalista da banda 30 Seconds to Mars].

* Os dois estão impecáveis em suas atuações, com direito a emagrecer dezenas de quilos pra composição dos personagens, que lhes renderam sua primeira indicação ao Oscar, de ator principal e ator coadjuvante, respectivamente.

* Em um dos diálogos entre eles, o cowboy jura para o travesti que “Deus estava vestindo a boneca errada quando lhe abençoou com um par de bolas”. A propósito, o roteiro também é candidato à estatueta dourada, assim como a edição e a maquiagem. Também concorre na cobiçada categoria de Melhor Filme. Tudo isso com orçamento diminuto – pouco mais de 5 milhões de dólares.

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