* O último capítulo de Amor à
Vida não foi um sucesso de público, mas parece ter agradado aqueles que
acompanharam a estreia de Walcyr Carrasco no horário nobre. Com 44 pontos no
Ibope, não chegou nem a fazer sombra para o último capítulo de Avenida Brasil,
por exemplo, que teve 52 pontos, ou mesmo à sua antecessora Salve Jorge, que
bateu 48 pontos.
* No entanto, foi um final de
reconciliações e fortes emoções. Paulinha, que foi uma chatinha a novela
inteira, me emocionou duplamente, tanto na cena com Ninho quanto naquela com Félix.
A própria Suzana Vieira, que é alvo comum de críticas na vida pessoal,
mostrou-se mais uma vez uma atriz decisiva.
* Mas a coroação, é claro, foi de
Mateus Solano, o grande astro que entrou como vilão e terminou redimido, com
direito a protagonizar o polêmico primeiro beijo gay da história da dramaturgia
na Rede Globo.
* A propósito, a emissora se
pronunciou sobre o assunto: Toda cena de novela é consequência da história,
responde a uma necessidade dramatúrgica e reflete o momento da sociedade. O
beijo entre Felix e Niko selou uma relação que foi construída com muito carinho
pelos dois personagens. Foi, portanto, o desdobramento dramatúrgico natural
dessa trama. A pertinência desse desfecho foi construída com muita
sensibilidade pelo autor, diretor e atores e assim foi percebida pelo público.
É importante lembrar que o relacionamento homossexual sempre esteve presente
nas nossas novelas e séries de maneira constante, responsável e natural. A cena
esteve de acordo com essa premissa e com a relevância para a história.
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