
* Margaret Thatcher foi a primeira-ministra inglesa entre 1979 e 1990 – exatamente o período da minha infância, quando a gente aprende algumas capitais e presidentes importantes, donde dá pra saber que este nome estava presente nos meus primeiros anos.
* Seu apelido Dama de Ferro é creditado aos soviéticos, mas pode ter um bocado de inspirações: Thatcher sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 1984, foi rígida na oposição aos sindicatos e inflexível feito ferro nas críticas à União Soviética.
* Seu nome volta às bocas com o filme A Dama de Ferro, sobre sua vida, protagonizado por Meryl Streep numa atuação gloriosa – forte candidata ao Oscar de melhor atriz, e aqui aproveito pra confessar o quanto eu gostaria que essa estatueta fosse dela.
Sem Final
* Eu costumo criticar biografias de pessoas vivas, afinal de contas, o grande desfecho da vida é a morte e sempre que se escreve um livro ou se faz um filme sobre a história de alguém vivo, tenho a sensação de que faltou o final.
* No caso de Margaret Tatcher a causa-mortis não terá relevância: ela já está bastante idosa e sofre de demência. É provável que ela nem tome consciência do filme sobre sua vida.
* Sua história foi bem contada, desde a infância quando era a filha do quitandeiro passando pela bolsa que ganhou pra estudar em Oxford, a paixão por Dennis e o casamento de papéis invertidos – ela era o homem da relação, o engajamento com a política, sua ascensão e seu declínio até culminar na solidão da velhice.
Melhor Atriz
* Na saída da sessão d´A Dama de Ferro, tudo o que eu conseguia pensar era na habilidade de Meryl Streep em se entregar se corpo e alma às suas personagens, a ponto de eu esquecer que era Meryl Streep quem estava ali.
* Há pouco eu confessei minha torcida por ela neste Oscar que acontece depois do carnaval, no domingo [26]. Meryl Streep é, disparado, o nome mais assíduo nas listas de indicados ao Oscar de Melhor Atriz.
* Este ano, ela recebeu sua 17ª indicação, sendo três vezes na categoria de atriz coadjuvante e todas as demais em um papel principal.
* O mais justo seria que a Academia fizesse com ela o que acabou de ser feito no Festival de Berlim: homenagear pelo conjunto da obra – que já é incrível, e vou orar pra que ela tenha vida longa e possa me emocionar ainda muitas vezes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário