* Aconteceu numa mesa ao lado da minha, em pleno almoço de
domingo. Uma fulana querendo ser simpática com o garçom fez o seu pedido e
começou a cutucá-lo nos ombros como que a apressá-lo. Junto com isso, fazia
gracinhas sem a menor graça. Dizia “rápido, pra já” junto com um risinho pra
mascarar sua grosseria e insistindo numa intimidade que não existia.
* Só eu vi – ela não teve a chance – a cara de tédio do rapaz que a atendeu
quando deixou a mesa dela. Pra coroar, ela tinha feito o mesmo pedido pra dois
garçons. Quando viu que o primeiro chegou enquanto o segundo tirava o mesmo
pedido, teve de pedir ao outro garçom que chamasse o segundo pra cancelar o
pedido.
* A minha surpresa foi com as palavras que ela usou pra isso, que vou tentar
repetir sem errar: “Ai, chama aquele garçom feinho do cabelo crespo pra
cancelar o pedido”. O que é isso? Eu fico chateado só de ver alguém apontar o
dedo pra outra pessoa. Agora, usar a feiura que estava nos olhos dela como
referência?
* O pior é que não é uma cena tão isolada assim. Parece que o garbo
limitou-se ao sobrenome da greta. A fulana estava fazendo aquela linha “sensual
sem ser vulgar”, mas fracassou completamente na segunda parte porque não há
nada mais vulgar que tratar mal as pessoas que estão ali pra te servir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário