terça-feira, 20 de novembro de 2012

A Iminência das Poéticas

* O prédio da Bienal, no parque do Ibirapuera [Sampa] está acolhendo a trigésima edição do evento, que segue até o dia 9 de dezembro. Acho desnecessário informar que a mostra acontece a cada dois anos, já que o título é tão - como posso dizer? - autoexplicativo.

* No entanto, vale aqui uma reflexão matemática. A primeira Bienal de São Paulo aconteceu no ano de 1951, pelos esforços de Ceccilio Matarazzo que hoje dá nome ao edifício projetado por Niemeyer para lhe servir de sede. Pelas minhas contas, a trigésima Bienal deveria ter acontecido, portanto, em 2009, de onde a gente pode concluir que houve três falhas de calendário na história das nossas Bienais.

* Esta trigésima edição foi batizada de A Iminência das Poéticas e recebeu trabalhos de 111 artistas. O mais concorrido dos espaços é dedicado ao artista plástico sergipano Arthur Bispo do Rosário, com seus bordados e sua missão de organizar o universo com a disciplina militar de quem serviu à Marinha e terminou a vida num sanatório.

* O momento é apropriado pra discutir os conceitos da arte, que cada vez mais amplia seus horizontes. O que notei nesta Bienal é que a forma como a arte se apresenta ao público, a sua disposição, acaba sendo tão importante quanto a obra em si.

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