quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O Lobo de Wall Street



* Um dos filmes que está na corrida para o Oscar deste ano, O Lobo de Wall Street é a coroação da parceria entre o diretor Martin Scorcese e seu “muso” Leonardo DiCaprio, que começou há mais de dez anos nas Gangues de Nova York e tem, entre outros frutos, os premiados O Aviador e Os Infiltrados.

* No filme, DiCaprio interpreta Jordan Belford, um corretor da bolsa de valores que se especializa na venda de ações de empresas fadadas ao fracasso, sem força pra estar no pregão, cujos papéis não valem mais que centavos, mas que rendem 50% de comissão à lábia do vendedor. Assim sua clientela é composta pelos menos instruídos e pelos mais olhudos.

* Quem dá as primeiras lições ao protagonista é Mark Hanna, personagem vivido por Matthew McConaughey, e aqui cabe uma trívia interessante: aquela coisa de bater no peito e cantarolar é um ritual de aquecimento que McConaughey pratica antes de atuar. Quando DiCaprio o viu fazendo aquilo, encorajou o colega a incluir o ritual na cena e acabou virando um elemento que se repete posteriormente na trama.

* O que segue é uma ode à ganância. O fuck pula do texto feito pipoca. A cocaína é o combustível oficial de Wall Street, conforme o filme apresenta. Em uma determinada cena, o lobo está com o focinho branco e a tia de Londres, tão entendida quanto distinta, pergunta a ele se estava comendo rosquinha. Com toda a ironia que a pergunta pode comportar.

* Outra cena inesquecível acontece no iate Naomi, batizado assim em homenagem à amante que virou esposa, vivida pela escultural atriz australiana Margot Robbie. Lá pelas tantas, ele tenta subornar agentes federais e termina arremessando notas de cem dólares sobre eles da balaustrada da embarcação. Antológico!

* Apesar da figura do lobo estar no título do filme, é um leão que a gente vê caminhar pelos corredores do escritório na cena de abertura. A propósito, o símbolo máximo de Wall Street é o touro.

* O Lobo de Wall Street foi indicado em cinco categorias: melhor filme, melhor diretor, melhor ator, melhor roteiro adaptado e melhor ator coadjuvante para Jonah Hill.

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